terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cala-te, Veronicka! II

Estava acordando quando a Veronicka mais uma vez saiu da gaveta. Eu cabisbaixa sem a mínima vontade de sair para ver o Sol, por volta das 8 da manhã:

Jessika: É por isso que eu odeio férias. Falta recheio.
Veronicka: Você se dói por dentro.
Jessika: Devo ir ao médico? Voltar ao psicólogo confuso? Tentar esportes radicais como fazer compras no centro de Fortaleza?
Veronicka: Eu não sei.
Jessika: Falou a que sabe de mim...
Veronicka: Eu sei de você, mas não posso responder seus métodos loucos de se anestesiar por dentro. Tá faltando a caixinha na farmácia. Uma dose de literatura e você cai dura no choro. O que você tem não tem cura.
Jessika: Uma dose e meia de trabalhos e eu levanto da cama num instante.
(silêncio)
Jessika: Eu sou uma grande careta.
Veronicka: Que nada... na verdade, você sofre da dor do amor romântico. Eu tinha a mesma síndrome, por isso eu criei minha obcessão na morte masculina pré-afetiva.
Jessika: Vou voltar a dormir...
Veronicka: Acorde, meu bem. Você vai sofrer que nem uma vaca de tetas puxadas, mas depois passa.
Jessika: Louca! Cala a boca, Veronicka!

Levantei, escovei os dentes, tomei banho e fui comer pão com café.

2 comentários:

Jessika disse...

Quem diria...
antes ela escrevia por mim,
hoje eu escrevo com ela.

Fabi Penco disse...

Eu gosto da Verônicka. Ao menos vc tem quem fale com vc, mesmo que não queira.

beeijos