sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Todo e qualquer instante

Entre a garra do lobo
Entre a face e o outro
Entre a raiz e a terra
Entre a presa e a fera

Que seja semente

Entre o braço e o abraço
Que entre o beijo roubado
No verso rabiscado
Entre o fogo cruzado

Dentre o tiro e o sangue
O universo e o infinito
Sem qualquer sentido
Em todo e qualquer instante

A faca e o corte
a dor do ferimento
qualquer sentimento
de vida ou morte

Pelos beijos ainda na boca
Pelas palavras ainda na garganta
Pelo gesto ainda no corpo
Pelo pensamento ainda em mente
Pela chuva ainda a cair
Pelos amigos ainda desconhecidos
Pelos meus olhos contidos...

sóbrios navegantes do tempo.

Por qualquer dor que houver
Que eu esteja vivo
Pelo tempo que valeu a pena
ter sofrido
Pelo meu sentimento distante
Por todo e qualquer instante...

Que seja altivo!

p.s.: Juro que não é de minha autoria... juro!