quarta-feira, 7 de abril de 2010

um mês em aberto.



Existe uma grande lacuna entre ela e o elo. E ela nem desconfia porque falta a lógica nas coisas que faz, ela nem sabe que existe um tufão de cores seguindo o vento e o seus cabelos, ela nem vê que a noite está passando, ela nem se julga compulsiva, nem sabe que no passo a frente existem as mãos azuis que lhe entregarão ou tirarão a vida. Ela nem percebe a própria percepção.

E se ela sentisse dor? E se ela caísse? Errasse o caminho? E se alguém tivesse vivendo a vida por ela?
Nada importaria.

Eis a maravilha e o perigo de viver nas margens. Um risco delicioso desabrochar e ligar-se a tudo e nada ao mesmo tempo. Ela vive em abril.